Sabe aquela pessoa que diz que não gosta de chocolate? Então
quando eu escuto algo do tipo, eu acho praticamente surreal, agora imagina uma
pessoa que diz que não gosta de música? É praticamente a mesma coisa que dizer
que não gosta de comida, ou de sexo. Mentira? Não! É a mais pura verdade.
O produtor Daniel Levitin (professor da McGill University)
resolveu tentar responder: “Afinal a
música serve para quê?”.
No seu livro “This Is Your Brain On Music”(Esse é o Seu
Cérebro Com a Música, não há versão em português), ele explica que de fato a
música funciona no cérebro de uma forma muito parecida com a comida e o sexo –
e assim como eles, de muita utilidade.
As pesquisas mostram por exemplo, que o cérebro entende a
música só não como um desvio emocional, mas também como uma forma de movimento
e atividade.
AFRODISÍACO
De todos os estilos musicais, há indícios de que o rock é o
que tem mais apelo sexual. “Se as mulheres pudessem, engravidariam dos astros
de rock”, ele explica.
ANTIDEPRESSIVO
Som é um fenômeno psicológico. As canções ativam o lobo
frontal, produzem dopamina e atuam no cerebelo, que é capaz de se sincronizar
no ritmo da música – o que provoca prazer.
O pesquisador teve ajuda do presidente do departamento de
piano da McGill, Thomas Plaunt, que tocou partes de várias peças de Chopin em
um piano com sensores embaixo de cada tecla, que gravavam quanto tempo ele
segurava e quão intenso ele apertava cada nota. Os dados foram úteis porque os
músicos raramente tocam exatamente do jeito que a música foi escrita na
partitura, já que acrescentam interpretação e personalidade.
Estes dados viraram uma planta, a partir da qual um
computador calculou a média de volume e duração de cada nota tocada. Os
pesquisadores criaram uma versão mecânica com esses dados para que a música
fosse tocada toda vez da mesma forma, uma outra versão com 50% entre a média
mecânica e a original e versões 25%, 75%, 125% e até 150% manipulando esses
dados.
As
versões foram ouvidas aleatoriamente para saber quais seriam consideradas mais
emocionantes. Músicos e leigos classificaram a performance original do pianista
como mais emocionante, ao contrário da versão mecânica, considerada menos
tocante.
Até mais.
Fonte: o
Globo/ Superinteressante.
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